terça-feira, 16 de março de 2010

Espetáculo das estrelas x Batalha libertadora

Não é a toa que a UEFA Champions League seja o torneio entre clubes que mais rende capital. Ano passado, foram arrecadados mais de 1 Bilhão de euros (blog do Fabio Kadow) apenas com contratos de Publicidade/Marketing, some isso as bilheterias e fontes alternativas de renda, dividido entre os 32 clubes participantes, e tenha como resultado um campeonato rentável e interessante para todo o MUNDO.

Mas a questão aqui não é o dinheiro, e sim bola rolando, e quando isso acontece, temos uma aula de organização e espetáculo. Jogos alucinantes em palcos impecáveis, venda de ingressos antecipada pela internet,os melhores jogadores do mundo desfilando habilidade e técnica, que aliada a qualidade tática do prélio, transformam o jogo em evento, em show, daqueles que você paga caro, mas aprecia o melhor que o esporte pode proporcionar. Nada de filas intermináveis ou tumultos pra “arranjar” UM ingresso.

Fica na conta da Champions o melhor jogo de futebol já contemplado pelos meus olhos:



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Eis que surge a comparação inevitável em qualquer papo de bola: qual é melhor? A nossa Libertadores, ou a Champions League deles??

Temos grandes times no cenário Sul-Americano também, que não perdem em nada em questão de tradição para os times de lá. Os melhores jogadores do mundo costumam sair daqui, nossa reposição de “matéria-prima” deixa no chão qualquer renovação feita por qualquer² time grande europeu. Toda edição de libertadores encontramos novos bons/ótimos jogadores, seja no Brasil, Argentina, Chile etc. O problema é que, querendo ou não, eles acabam “virando a casaca”, e indo participar da outra competição. Mas isso é só quando dá tempo de se participar de uma Libertadores, isso quando eles não vão para os grandes europeus ainda sem carteira de motorista.

Há quem diga que a Libertadores é muito mais charmosa, que superamos a qualidade com raça e paixão, que os estádios acanhados e o péssima estado dos gramados são um atrativo a mais para a competição. Bom, eu não participo dessa “chapa” de opinião, mas levo comigo que a libertadores tinha potencial para MUITO mais, até pelos motivos que eu já citei anteriormente.

Falta organização por parte da COMENBOL. Clubes mexicanos escalando equipes reservas, entrando no meio da competição (motivo que pode ser ponderado), ausência de divulgação pra “quem é de fora”, participação de times que não tem capacidade de vencer nem o Itumbiara – Com todo respeito, é lógico

Enquanto isso, rola a Liga Europa, torneio continental secundário, mas que também tem seus atrativos. Grandes times, confrontos interessantes, organização invejável. Já a Copa Sul-Americana acontece no segundo semestre, totalmente fora de sintonia com o calendário, traz jogos com estádios vazios e clubes escalando o time reserva até a semi-final.

Obviamente não se pode largar toda a culpa na Comenbol. A dificuldade econômica tem de ser considerada, e está estampada em times como Peñarol, Nacional, Olimpia, Independiente. Qualquer time europeu tem uma “arena” arrumadinha, pra 25-30 mil pessoas, no Brasil, times grandes não tem condições de construir e manter um estádio.

Maaaas... apesar de todos os poréns, ainda vemos jogos como este com alguma constância:

1 comentários:

Anônimo disse...

Achei a comparação autêntica e bem feita, o que me levou a um questionamento: se a organização campeonatos nacionais se desse da mesma forma que em campeonatos europeus, o futebol brasileiro ainda seria uma paixão nacional?
É importante lembrar que o padrão econômico do brasileiro é muito inferior ao do europeu e que, consequentemente, a maioria dos torcedores não possui condições de pagar aqui o que se paga lá.
Acho que essa discussão daria um bom assunto para uma nova postagem. Então, fica aí a dica!
Abraço

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